5 de jan. de 2011

Somente o Necessário

Faça uma lista das dez coisas que você realmente precisa.Sabe, aquele Top Ten do Must Do,Must Have. Gaste o tempo que for necessário com isso:é um exercício importante de ponderação. Pense sobre aquelas coisas ou pessoas sem as quais o dia fica sem graça, incompleto. Pronto?

Pois bem, risque a lista toda. Nada do que tenha escrito é tão prioriário quanto você mesmo. Soa pedante, piegas e chato, mas é isso aí. A verdade é que, 24 horas por dia, perseguimos aquilo que queremos. Mesmo que estejamos encurralados em salas de aula e de escritório chatos, suportamos porque há um contracheque no fim do mês. Ainda que estejamos presos em relacionamentos não tão agradáveis quanto deveriam ser, toleramos algumas convivências por socialização, comodidade,masoquismo, indentificação. O ponto importante é: somos o eixo da nossa existência.

Assim, nada é mais importante para uma vida boa e descontraída do que a paz interna. E isso é atingido pelo autoconhecimento. Reflexões profundas e íntimas. Foi em um desses monólogos que consegui aprender uma lição: não deposite sua felicidade em alheios. Deixe que os outros participem da sua alegria, dissemine-a, mas nunca permita que sejam o motivo do seu sorriso. Muitos dos que conhecemos estão apenas de passagem pela nossa vida, e quando lhes confiamos nossa intimidade, eles se vão com parcelas irreproduzíveis de quem somos.

Seja sincero, verdadeiro, inteiro. Conheça e seja explorado. Mas sempre guarde uma porção de si intocável, inatingível. Novamente, é uma quarta feira e minha cabeça está bastante confusa. Por uma série de razões, algumas das minhas teorias sobre a vida estão sendo questionadas. Então, me peguei pensando: qual o relacionamento mais longo que já tive? Durou vinte um anos, comigo mesma. Sejamos sinceros: não é uma relação que vai terminar tão cedo. Portanto, pareceu bastante sensato fazer as pazes.

E, se para tal for preciso que eu esteja no topo da Must Do, Must Have List, que assim seja.