21 de set. de 2010

Vodka com Coca-Cola


A parte mais difícil de se traçar um objetivo é definir qual o ponto de chegada. Visualizar nosso real e mais íntimo desejo é uma tarefa para Hércules. Temos que perceber, debaixo de todas as idéias rasas, qual a verdadeira intenção que nos guia.
Claro, nossos objetivos mudam ao decorrer do tempo. São transformados, amputados, esticados, extintos em alguns segundos. Mas sempre há aquele que nos acompanha desde sempre...Desde quando nos entendemos por gente. É aquele "eu queria um cachorrinho", ou "sempre quis morar em Londres", ou ainda "sei que um dia vou conhecer o amor da vida."
No auge dos meus 21 anos, já percebi que muitos dos meus sonhos são simplesmente impossíveis. Abdiquei de fantasias infantis no primeiro lampejo de realidade que encontrou com a minha fuça perplexa. Aqueles que resistiram, estão em latência. Sendo encaminhados. Na transição.
Uma vez que a meta está ali, na sua frente, por mais doloroso que seja o caminho, a mera lembrança do prazer que nos espera faz com que nossas forças sejam reabastecidos. É um "me dê sua força,Pégasus". Pode rir, mas é exatamente isso que acontece.
Não reclamo das escolhas que fiz. Passo pelos meus perrengues em decorrência do caminho que resolvi trilhar, das pessoas que resolvi conhecer e dos conceitos que escolhi revisar. Reclamo é da falta de energia que se abate de vez em quando, nos momentos em que o corpo cansa e a mente devaneia.
É exatamente assim que me sinto agora: cansada, fora de foco. Como se o caminho adiante estivesse distorcido. A solução pra isso é muito tempo de terapia, conversas longas com ninguém, auto-crítica e altas doses de coragem.
Ou um copo de Coca-cola com Vodka. Que está bem na minha frente. Porque um atalho não necessariamente significa desonestidade.

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