27 de set. de 2010

Sobre Infância e o Botafogo

Quem me acompanha no Twitter deve ter a nítida impressão de que sou um menino. Nos últimos tempos, houve um flood de tweets sobre futebol. Várias arrobinhas, hashtags e DM sobre o Brasileirão.
Como o Blog cor-de-rosa escancara, sou uma menina. E nem sempre fui vidrada pela bola correndo no gramado. É um sentimento que ficou em latência, durante alguns anos. Precisamente, foi aflorado em 2008, quando entrei na faculdade e experimentei os primeiros indícios de fanatismo.
No entanto, meu relacionamento com a Estrela Solitária começou cedíssimo: uma das minhas primeiras bonecas tinha um vestidinho com o escudo. Uma longínqua festinha de aniversário teve como tema o time que hoje me envolve. Tudo isso justificado por um pai fanático, que, por sua vez, foi contagiado pelo meu avô,tão alucinado quanto.
Em 2008, o germe se espalhou com rapidez impressionante. Acompanhava todos os jogos, sabia dos jogadores, da tabela... e balbuciava a clássica frase "não posso,hoje tem jogo do Botafogo." E assim foi esse relacionamento de amor, que prematuramente se extinguiu sem maiores razões. A febre abaixou, a doença se foi e toquei minha vida sem maiores explicações.
Em 2010, meu pai me levou ao Engenhão, realizando um dos meus sonhos da vida. Quando senti as lágrimas inundando meus olhos, quando vi a torcida, quando ouvi os primeiros gritos de " E ninguém cala", soube da verdade. Não havia mais jeito: faço parte daquele seleto grupo dos que inexplicavelmente SEMPRE acreditam...dos que possuem uma estrela definindo o coração. Nasci sobre a luz da estrela solitária, e pouco me importa se ela por vezes brilha com menos intensidade: esse fogo no meu peito nunca irá se apagar.
No meio do looping emocional dos jogos, nervoso com a escalação do Joel Santana, afastamento do Mago, paixonite pelo Herrera, sei que sou membro da comunidade dos Gloriosos. Não espero que tricolores, rubro negros e vascaínos compreendam o que eu sinto: só um botafoguense sabe o que nos motiva a sempre acreditar e torcer.
Porque, afinal, não escolhemos, fomos escolhidos.
Um abraço a todos os alvinegros que leram esse post. Ninguém cala o nosso amor ( nem o próprio Botafogo. =p) !

3 comentários:

  1. Sim, isso não se explica. Mesmo.

    Em minha enorme família, o único botafoguense sou eu. Inexplicável.

    Afinal, qual amor não é? rs

    Beijos!

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  2. O Botafogo é uma predestinação celestial, como já disse nosso querido Armando.
    E quando começou a torcer é o menos importante, o que importa é a intensidade e isso vc já mostrou =)
    Beijos meu anjo.

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  3. Botafogo sempre!

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