12 de out. de 2010

Matemática, Amor e Raciocínio

Já notou como gostar de alguém é entrar em um looping eterno de cálculo estratégico? A gente se pega fazendo operações complexas, tecendo mil probabilidades, avaliando infinitos finais possíveis. Matemática pura. Mas, pra alguém como eu, que sente ojeriza por tudo isso, a equação acaba em um resultado não muito feliz. Embora previsível.

“Devo ligar/ falar primeiro?” “Será que ele gosta de mim?” “É melhor esperar ela fazer tal coisa antes?” Fala sério. Quantas variáveis e variantes estão presentes em um relacionamento? Quanto de lógica nós utilizamos, sem nem precisar de papel e caneta pra chegar a um “ele não presta” ou “ela foi filha da put*”? Aliás, só usamos pra verificar quanto falta no cartão de crédito no final do mês, depois de algumas saídas.

Nessa mistura de lógica e sentimento, existe algum denominador comum, algum fator necessário para assegurar um resultado correto? A ordem dos fatores – o fator EU- muda o quê, em quê, pra quê? Relação é soma, sentimento é divisão, briga é subtração e carinho é multiplicação. Não tão simples assim: já vi casos de pura divisão, ou somente subtração. Extremos que dão certo, tanto quanto um caso de banal 2 mais 2.

Tudo muito confuso, logaritmos materializados em expressões, colchetes em abraços, parênteses em suspiro. Matemática no corpo, no coração, na alma, teorema livre da vida.

Espera. Tem uma calculadora aí?

2 comentários:

  1. Teorema livre da vida.... DIGNO.... e Paradoxal...

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  2. Muito bom.
    Até o título é bem pensado...

    "Relação é soma, sentimento é divisão, briga é subtração e carinho é multiplicação."

    Ótimo texto, mostrando coisas óbvias que as pessoas não dão atenção.

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